MEIA-NOITE

meia-noite

menina dos olhos do vampiro

rouba da lua a esfera dourada

e crava o negror no céu de papiro

meia-noite

bruxa boa cujo silencioso revoar

torce a manta de estrelas pregada

além da cabeça, acima do ar

meia- noite e um

cortam-lhe a cabeça, medusa

escondem teu sangue de urucum

meia-noite e três

caçam-lhes as serpentes, difusas,

e as põe do amanhecer a mercê