Brasilidades
E, de repente,
Ninguém é todo mundo!
Todo mundo é sociólogo,
Todo mundo é economista,
Todo mundo é doutor!
Mas todo mundo vê que ninguém quer ver
A dor do próximo ao ser massacrado,
Da mulher, do lgbt, do negro, do nordestino e do batuqueiro censurado!
E todo mundo acha que ninguém vê
Investimentos repentinos com desespero,
Pois os abutres chegaram para as estatais tornar privê!
Todo mundo comemora as armas!
Todo mundo acha que ninguém mais sofrerá violência!
Todo mundo acha que a corrupção terminou.
E, de repente,
Ninguém é todo mundo!
Todo mundo é sociólogo,
Todo mundo é economista,
Todo mundo é doutor!
E ninguém vê:
Pensões gordamente perpétuas para quem não necessita,
Salários gigantes e uma ajuda de custo infinita.
O muito é para quem pouco vai trabalhar,
Ou que para trabalhar nada precisa suar;
Cargos de confiança para todo mundo que lambe cuecas apurando seu paladar!
Pensões gordamente perpétuas para quem não necessita,
Salários gigantes e uma ajuda de custo infinita.
O muito é para quem pouco vai trabalhar,
Ou que para trabalhar nada precisa suar;
Cargos de confiança para todo mundo que lambe cuecas apurando seu paladar!
Mas todo mundo vê que ninguém quer ver
A dor do próximo ao ser massacrado,
Da mulher, do lgbt, do negro, do nordestino e do batuqueiro censurado!
Ninguém vê o seu futuro como idoso
Penosamente
Com frágil osso,
Condenado a viver dia a dia
Infinitamente
Seu presente como trabalhador
Que todo dia compra o pão sem o sabor tirado pela dor!
Penosamente
Com frágil osso,
Condenado a viver dia a dia
Infinitamente
Seu presente como trabalhador
Que todo dia compra o pão sem o sabor tirado pela dor!
E todo mundo acha que ninguém vê
Investimentos repentinos com desespero,
Pois os abutres chegaram para as estatais tornar privê!
E ninguém vê que o dólar abaixou e nada na sua vida influenciou,
Afinal todo mundo é economista e ninguém sabe no que isso influencia.
Afinal todo mundo é economista e ninguém sabe no que isso influencia.
Todo mundo comemora as armas!
Todo mundo acha que ninguém mais sofrerá violência!
Todo mundo acha que a corrupção terminou.
Por fim, ninguém acha que todo mundo está certo,
Já que todo mundo fala por ninguém.
Já que todo mundo fala por ninguém.