MARACATU ESPACIAL
Se ao meu chão já não pertence
o que herdado da noite do tempo,
vou-me embora pra antes da vida,
guardar o canto triste no firmamento.
A raiz dos pés por eras paralisados,
nem relutam pela mordaça da fé.
São cruzes calando as vozes da natureza,
dizendo impura a descoberta do que se é.
Então partir encerra na memória o que se leva,
junto aos trapos e e saudades da terra antiga.
Um dia o sol se apagará para a mentira,
e o sono dos sinos entenderá meus estigmas.