Lapidação

Pra mais um dia de luta

que brota pela linha do tempo

Veja o que surge da ideia bruta:

Uma lapidação em todo vento...

Que circula em contornos, refrescante

Ao ponto de bater no rosto

E sentir um caminho adiante

Próspero pra caminhar disposto

Pela terra que agrega vida ao Ser

Onde nasce árvores que faz você viver

Coisas simples de entender

Mas que por moedas vem a se perder

Na filtragem pra absorção

De energia que entra, se concentre

Sem se render pra distração

Só sinta, nas palavras: entre.

Tipo quem mergulha de ponto

Emergindo se lava, se conecta

E o que vem a seguir: o conto

Que poderia explorar, mas pra adaptar

É poema mineiro, com um café

Na leitura de Drummond

A visão estendida para alem do monte

E as palavras se esvazia do pote

Mas esse pote é mágico, sempre surge mais

E mais ainda, que se formulam

Em pensamentos e ideias, 'mó 'ideais

Que se juntam e transmutam

Transmitindo a sequência nas sinapses

Como uma alegria: dopamina

Vendo até onde vai as meras análises

Perante ao breu das muitas cortinas.

Filosofias da observação sempre terá

Por isso que do bruto a sutileza

vem a limpeza

Como um quartzo lapidado na pureza

E a consciência cria consistência

Pra se emoldurar em molduras

Que não serão esquecidas na existência

E sim passadas pelas culturas

Viajante e navegante.

De todos os mares e ventos.

O Ser vive aqui, mas distante.

*03/11/18 - Eliseu Silva*

Eliseu Silva
Enviado por Eliseu Silva em 03/11/2018
Código do texto: T6493617
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