Álcool

No fundo do copo que sacia minha sede,

Vejo teu rosto e os detalhes do teu corpo

O álcool que me embriaga hoje e o combustível

Que alimenta minha saudade hoje.

Entre paixões e alguns versos de amor

Estás tu, minha delicada flor

Tu sem uma parte de mim

E o álcool do copo está chegando ao fim.

O que me clareia o dia

são as lembranças dos teus olhos

Que desengaveto de dentro de mim

Numa delicadeza que não tem começo nem fim.

Mas de lembrança em lembrança

Vou me embriagando

Na esperança de que tu desças dentro de mim

Até o último gole.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 03/11/2018
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