O tempo que me cabe

Sim,

Os meus olhos ainda estão presos ao relógio,

Os ponteiros parecem não se movimentar,

E tudo o que que me consome agora é o tempo,

Ou a vontade exarcebarda de que ele passe.

Sim,

Tudo o que já foi vivido desfila diante dos meus olhos,

O espaço-tempo instala-se diante de meus olhos,

Mas não o vejo passar e eu estou fora do que sou,

Ou preso em minhas entranhas sem saber a quem recorrer.

Não,

Não posso esperar que o tempo passe, preciso intervir,

Adianto os ponteiro em duas horas, passou o tempo,

Ou foi apenas a vontade minha de que ele passasse?

Antes marcara 10h, já posso ouvir o sino das 12h.

O tempo que nunca coube em mim, consola-me

E eu me perco exatamente ontem deverias estar,

Procurei-me em tua sombra, mas não havia nós,

Apenas espaço vazio meu, que deveria ser teu.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 31/10/2018
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