O tempo que me cabe
Sim,
Os meus olhos ainda estão presos ao relógio,
Os ponteiros parecem não se movimentar,
E tudo o que que me consome agora é o tempo,
Ou a vontade exarcebarda de que ele passe.
Sim,
Tudo o que já foi vivido desfila diante dos meus olhos,
O espaço-tempo instala-se diante de meus olhos,
Mas não o vejo passar e eu estou fora do que sou,
Ou preso em minhas entranhas sem saber a quem recorrer.
Não,
Não posso esperar que o tempo passe, preciso intervir,
Adianto os ponteiro em duas horas, passou o tempo,
Ou foi apenas a vontade minha de que ele passasse?
Antes marcara 10h, já posso ouvir o sino das 12h.
O tempo que nunca coube em mim, consola-me
E eu me perco exatamente ontem deverias estar,
Procurei-me em tua sombra, mas não havia nós,
Apenas espaço vazio meu, que deveria ser teu.