SEM SONHOS
A noite me deito sem dormir.
Fico pensando no dia seguinte,
nos muros invisíveis e cotidianos,
Nos limites, gritos mudos e muros
Que limitam a vontade e os atos.
Não chamo isso de insônia,
Não classifico como ansiedade.
Trata-se mais de uma falta de sonho do que de sono.
O céu tornou-se mudo.
Não diz mais a lua ou as estrelas
E nada parece infinito e desconhecido.