A Dor Que Eu Sinto

Pare, olhe, escute o que está ao seu redor,

São pássaros que cantam sua liberdade,

Ou pessoas indiferentes, carros, cimento, aço, fumaça?

Onde você pisa, brota o que você inspira.

Nada hoje, será como o sonho ou o dia de ontem.

Nada será, além de espera, vontade, conjecturas e/ou decepções.

O amor é o inverso da dor, e nada mais.

A não ser que nele, tudo seja imaculado e autêntico,

Como uma chuva solidaria, que rega, cada pedaço de nossos anseios,

De paz e um mundo próspero.

A prosperidade que você almeja, é aquela que vive nos sonhos dos seus entes queridos?

Ou na vaidade de uma alma impura, que colhe rosas, a partir do suor alheio?

Suor intérmino, ácido e bicolor, de homens escassos, mergulhados num sonho vão.

Vidas pequenas em almas gigantes, buscando a cada palmo, um pedaço de terra fértil.

O que somos nós, homens de fé, de verdade e de integridade,

Além de exploradores de amores,

De horrores, de flores, de dores, de sabores, de temores.

A dor que eu sinto é a dor que eu vejo.

A dor que eu vejo é a dor que eu sinto.

Nas ruas sedentas, nos bares, olhares, nos “lares”.

No canto de um pássaro submisso, prisioneiro do seu cantar.

RogerioCalais
Enviado por RogerioCalais em 30/10/2018
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