A Dor Que Eu Sinto
Pare, olhe, escute o que está ao seu redor,
São pássaros que cantam sua liberdade,
Ou pessoas indiferentes, carros, cimento, aço, fumaça?
Onde você pisa, brota o que você inspira.
Nada hoje, será como o sonho ou o dia de ontem.
Nada será, além de espera, vontade, conjecturas e/ou decepções.
O amor é o inverso da dor, e nada mais.
A não ser que nele, tudo seja imaculado e autêntico,
Como uma chuva solidaria, que rega, cada pedaço de nossos anseios,
De paz e um mundo próspero.
A prosperidade que você almeja, é aquela que vive nos sonhos dos seus entes queridos?
Ou na vaidade de uma alma impura, que colhe rosas, a partir do suor alheio?
Suor intérmino, ácido e bicolor, de homens escassos, mergulhados num sonho vão.
Vidas pequenas em almas gigantes, buscando a cada palmo, um pedaço de terra fértil.
O que somos nós, homens de fé, de verdade e de integridade,
Além de exploradores de amores,
De horrores, de flores, de dores, de sabores, de temores.
A dor que eu sinto é a dor que eu vejo.
A dor que eu vejo é a dor que eu sinto.
Nas ruas sedentas, nos bares, olhares, nos “lares”.
No canto de um pássaro submisso, prisioneiro do seu cantar.