AINDA CANTO A CANÇÃO DO EXÍLIO
Não serei Poeta autista!
Posso até cantar o mundo vindouro.
Não vivo presa ao passado,
Entretanto, Nos olhos trago choro;
Trago, também, esperança.
Também não nego que canto
A canção do exílio.
Suspiro ao entardecer,
E a paisagem vista da janela
Não me deixa esquecer
Os baluartes do presente.
Que presente tão grande e confuso!
Agarro-me em momentos de doces ilusões.
O tempo é a minha angustia;
É, também, o remédio de todas elas.