MURO DE CADA DIA
MURO DE CADA DIA
A casa aonde moro,
tem uma placa esboçando o ponto
um jeito feito, desajeita o encanto
n'um numero para o desencanto.
Um portão flechando a porta
um cão que desentorta o torto
mira de uma natureza morta,
olhares que as vezes nos invoca
um tempo que parece morto.
Passos ao invés não faz tanto...
O muro nosso em nossas verticais
fica em nos sobre jardins e quintais
transformando nossas horizontais
e as orações em preces de ais.
O mundo nosso nos desarma,
nossa prisão, fortalece a alma
Interno dos nossos próprios medos
plantamos recordações ao segredo
da nossa própria e cruel muralha.
Antonio Montes
MURO DE CADA DIA
A casa aonde moro,
tem uma placa esboçando o ponto
um jeito feito, desajeita o encanto
n'um numero para o desencanto.
Um portão flechando a porta
um cão que desentorta o torto
mira de uma natureza morta,
olhares que as vezes nos invoca
um tempo que parece morto.
Passos ao invés não faz tanto...
O muro nosso em nossas verticais
fica em nos sobre jardins e quintais
transformando nossas horizontais
e as orações em preces de ais.
O mundo nosso nos desarma,
nossa prisão, fortalece a alma
Interno dos nossos próprios medos
plantamos recordações ao segredo
da nossa própria e cruel muralha.
Antonio Montes