ALABAR

ALABAR

Ao alabar d'o que sou & vou
... 'pessoa' ...
não muito mais
me chamo Antonio
               (e não Fernando)
e no caminho - por onde ando
beira dum cais 
               (numa cidade sem mar)
barreiras & imbrólios
metas & sonhos
amores & contos
tristezas & alegrias
realidade & fantasia
média veia poética
               (que não jorra sangue)

(...)

e de todo o som na escuta
e de toda leitura vista
e de toda festa vivida ... tudo é pelo lado de lá

'prece que é ibérico tudo que vejo e sinto
'ntão acho que Portugal pisca pra mim
               (não minto)
como se tudo fosse ida & volta,
a lá vôo charmoso e rasante, d'um bumerangue...

(fim)