À sombra do coqueiro
Eu via tantas jangadas em suas lágrimas
Tantos ventos em seus lamentos
Tanta areia em seu vagar
Tantas marés em sua espera
Tantas ondas em suas quimeras
Tanta distância no seu mar
Só não via peixes em sua rede
Não via retornos no horizonte
Nem gaivota que lhe conte
Quanto tempo vai demorar
E para seu olhar absorto
Seus lábios viraram porto
De água salgada... a rolar
Mas sem o gosto do voltar