Não ter alguém para esperar
Não ter alguém para esperar
e nem para cantar um laraiá
deve ser de amargar
quem se encontra assim
deve estar sem tempo pra sonhar
sem tempo de viver
morto sem saber
o saber
que deu vida ao viver
do nascer ao pôr do sol
e quando ver o alaranjar
do arrebol
se acha no fim
Pobre você
que não sabe ver
deixando o tempo correr
sem gosto e sem prazer
sem refrão de emoção
enquanto a canção da vida
ecoa
com surdo e tamborim
com a voz melódica do viver