Semântica

Já disse, sou poeta.

Do mundo nada sei

Nada Ensino.

Não quero escrever com clareza

Versos proscritos

Poemas descalços

Se os olhos se fecham, quando os lábios se tocam.

Não quero verdades simplistas,

Palavras ao relento

Versos imperfeitos

Se os olhos se fecham, quando os corpos se entrelaçam.

Quando te vejo,

Minhas pupilas dilatam,

O gelo me aquece, o calor me refresca, o tempo retrocede.

Aqui, não há palavras obscenas,

Nem rimas desconexas.

Não há letras ilegíveis, nem tão pouco

Formas indecentes.

Entre os olhares que se acariciam,

A gramática, a fonética, a hermenêutica

Das vozes nos ouvidos,

Se completam na semântica dos desejos afoitos.

RogerioCalais
Enviado por RogerioCalais em 22/10/2018
Código do texto: T6483265
Classificação de conteúdo: seguro