Sitim!

Sitim!

Depois das estrelas o sol...

Ainda sonolento despertava preguiçoso...

O café estava no bule, a chaleira no fogão...

Ainda havia brasa, mas mais havia carvão...

O chão de terra batida, barrida de vassourão...

A janela era bem larga, o sol se deitava no chão...

Teu beijo, da cor da rosa! Aquelas que explodem no verão...

Uma tela, uma pintura, num acordar de candura...

Beijava de boca aberta com um sorriso por moldura...

Era o próprio verso travestido de ternura...

Tinha os cabelos dourados em tempestade...

Era a própria pureza em forma de castidade...

Mas era o principio meio e fim de minha travessura...

Já bebi dessas águas, já rolei nesse capim...

Fui cigano, menestrel em seu colchão de cetim...

Mas a parte melhor fizemos neste sitim!

Santaroza