VENTO
Não se enxerga o vento que verga a vela do barco
Nem o vento da seta zarpando veloz ao impulso do arco
Não se entrega quem se nega às rédeas no cangote
e corrente no pulso
Sobe em seu bote e navega solto ao vento espalhando sementes
Não tem sossego quem tem apego à liberdade
São seres candentes buscando a verdade
Errantes pelo caminho ao sentido de seu horizonte
Lutas inglórias... Derrotas e vitórias no suor escorrido na fronte
O vento que verga a vela e impulsiona o barco
É o mesmo vento que apaga a vela da vida
Salga o suor seco e tempera a semente
Da liberdade a soltar as rédeas do cangote
Vento sempre sopra ao sentido do horizonte
É preciso soltar as correntes
Ser um ser candente veloz
Seta saindo do arco
Espalhar sementes ao vento
Se o vento não mais a vela do barco vergar
E a paz parecer se enxergar
Cuidado com as calmarias
Ah! o risco das calmarias
Arrisco que as calmarias
Existem para acorrentar
É preciso perene reinventar,,,
Ventar...
Ventar...
Ventar...
Ventar...