VENTO

Não se enxerga o vento que verga a vela do barco

Nem o vento da seta zarpando veloz ao impulso do arco

Não se entrega quem se nega às rédeas no cangote

e corrente no pulso

Sobe em seu bote e navega solto ao vento espalhando sementes

Não tem sossego quem tem apego à liberdade

São seres candentes buscando a verdade

Errantes pelo caminho ao sentido de seu horizonte

Lutas inglórias... Derrotas e vitórias no suor escorrido na fronte

O vento que verga a vela e impulsiona o barco

É o mesmo vento que apaga a vela da vida

Salga o suor seco e tempera a semente

Da liberdade a soltar as rédeas do cangote

Vento sempre sopra ao sentido do horizonte

É preciso soltar as correntes

Ser um ser candente veloz

Seta saindo do arco

Espalhar sementes ao vento

Se o vento não mais a vela do barco vergar

E a paz parecer se enxergar

Cuidado com as calmarias

Ah! o risco das calmarias

Arrisco que as calmarias

Existem para acorrentar

É preciso perene reinventar,,,

Ventar...

Ventar...

Ventar...

Ventar...

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 21/10/2018
Código do texto: T6482179
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