À Tempestade é Sol Também
Às vezes me sinto maior que uma galáxia,
às vezes, menor que a mais ínfima partícula.
Às vezes parece que vivo,
às vezes parece que apenas existo.
E vivendo, ou existindo, fico nessa inconstância
de me sentir grande e pequena.
Grande menina, pequena mulher.
Muitas vontades, poucas atitudes.
Grande e pequeno,
pouco e muito,
sempre juntos.
Ah!!! Essas inconstâncias...
Nesse momento me sinto como se tivesse a bordo
de um navio em meio à uma tempestade com ondas gigantes.
Hora sobre às ondas, hora por baixo delas.
Hora sorrindo com os pequenos pingos
que caem e se recostam sobre os meus lábios,
hora sufocando em meio às águas do grande mar.
Submersa sinto meu peito congelar.
Arde mas não aquece,
queima.
Como uma pequena fagulha
que se transforma num fogaréu.
Volta grande sol,
e aquece o meu pequeno coração.
Aliás, volta não, reaparece,
afinal à tempestade é sol também!