O filósofo ancestral
O poeta
O profeta
O criador dos mitos
O primeiro artista
Com as mãos rupestres
Com as pinturas equestres
Cavalo selvagem
Que corre contra o vento
Que foge do tempo
E não há fuga mais mentirosa
Mais perdida
Nos mais profundos sentimentos
Descreve a melancolia, de terço em terço
Soma mais que 100%
Sobra a imaginação
As sobras de um moribundo
Que se revolta por dentro
E por fora: culturas, juramentos
O mesmo portal que se abre
Se fecha à verdade
Se perde, com as linhas simbólicas
Com os versos, em sua retórica
Em cada palavra, uma sombra
Que esconde a lua e o sol
Que dançam para a nossa tristeza
Em seus detalhismos
Sem o ritmo dos pés
São tambores
Violinos
E a arte, continua a ser fé
A imitar
E a limitar a vida
Na penumbra de sua ilusão
Em uma simples poesia