Poetizar

Ele que sem perceber catava flor,

Não percebeu que sua ação a dor curou,

A cada jardim pelos quais passou,

Em cada flor, sentiu o amor.

Suas lágrimas regavam os jardins,

E seu sorriso um dia apareceu enfim,

O amor que bordou a tempestade que nele se fez,

Foi a sua força para se erguer outra vez,

Quando tudo parecia ficar bem nos fins,

O seu olhos encontraram os meus enfim.

Nessa agonia que é a dor curar,

Só precisava de um novo alguém para amar,

Não queria ser metade, pois não é covarde

Encontrou alguém que hoje é saudade.

Na delicadeza estranha que viveu no mar,

Com lápis e papel reaprendeu a amar,

Descobriu que com tinta e uma folha a desenhar,

Os seus sonhos mais inacessíveis poderá alcançar.

Decidiu que das flores feriadas irá cuidar,

Pois a fragrância das rosas reensinou a sonhar

E tudo o que ele almeja e deseja fazer

É que um dia aprenda a escrever.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 20/10/2018
Reeditado em 20/10/2018
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