Voo
a poesia sai de mim como pássaro à espera do vento.
sai de mim como um adeus acenado.
sai, melancólica, para voos impossíveis.
sai... e não volta
porque quebraram-se as asas e desfizeram-se os rumos.
talvez devesse ter partido também.
mas, de onde?
para onde?
não encontrei respostas.
vi que não teria porto para a chegada, caso partisse.
ah, se eu pudesse partir com a poesia...
porque - ficando - você, que é meu porto, eu não teria.