SILÊNCIO...
A tua voz me chama, a tua voz meu guia
Na amplidão da noite escura
Quais aves cantam à clave pura
Orquestra cujo o som alguém sequer ouvia...
Da tua boca, chama linda e tão suave
Que me sussurra do infinito
Um verso que não foi escrito
Num dó agudo, mas em si num tom bem grave...
E os teus olhos, dia e noite sobre mim
Sem me julgarem, paracletos
Em teus contornos tão discretos
Me deixam livres como números sem fim...
Enfim, teu tudo é como um nada tão diverso
É como sim, dizendo não
É o não de eterno sim, senão
Jamais serias tu o audito do universo...
Autor: André Luiz Pinheiro
16/09/2018