Brasil Febril
A chama se alimenta das ardentes reticências
numa terra fecunda de tantos ais submersos
em mares de quimeras já inexistentes
onde a arrogância é pensar que todo mundo mente
Eu tenho a alma lavada na fonte
sob os dedos que emanam a transparência
vivo livre dentro das minhas prisões
reinando absoluta a flor das emoções
Quem me dera o pouso do pássaro
aliviando meu grito em seu passo
Uma chave - a consciência
que neste mundo não há demência
Vejo nos estilhaços dos vidros
há balas e corpos caídos
queimando as brasas da intolerância
Violentando a pureza do ser
Há de se ter um pouco de cuidado
para estas reações de cunho desenfreado
Orai pela terra do Brasil
Estamos naufragando no sangue febril