Brasil Febril

A chama se alimenta das ardentes reticências

numa terra fecunda de tantos ais submersos

em mares de quimeras já inexistentes

onde a arrogância é pensar que todo mundo mente

Eu tenho a alma lavada na fonte

sob os dedos que emanam a transparência

vivo livre dentro das minhas prisões

reinando absoluta a flor das emoções

Quem me dera o pouso do pássaro

aliviando meu grito em seu passo

Uma chave - a consciência

que neste mundo não há demência

Vejo nos estilhaços dos vidros

há balas e corpos caídos

queimando as brasas da intolerância

Violentando a pureza do ser

Há de se ter um pouco de cuidado

para estas reações de cunho desenfreado

Orai pela terra do Brasil

Estamos naufragando no sangue febril

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 16/10/2018
Código do texto: T6478210
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