Sem aviso

Quem há de lembrar o tempo a passar?

Quem há de lembrar as feridas a sarar?

Quem há de entender o que é preciso fazer?

Quem há de brigar e deixar de viver?

Ele que sem aviso se foi,

Do outro lado a nós olhar

A esperança que em nós corrói

E o coração a perfurar.

A saudade que no peito aperta,

Nos ensina a suportar,

Os vazios que foram preenchidos

Por tua ausência.

E quem há de deixar de sonhar

Sob tua vida pousar

O sabiá que ao meu pé de ouvido

Hoje vive a cantar.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 16/10/2018
Reeditado em 17/10/2018
Código do texto: T6478044
Classificação de conteúdo: seguro