Olhares II

Permitir-se não é sentir-se livre à esmo.

Não é morrer sozinho ao desgosto alheio;

Não é beber sozinho a água do mar...

Não é tornar-se solipsista, singular.

Liberdade não é para os livres fanáticos

Que fazem debaixo do sol um hospício!

(La ao menos, a consciência é exploradora).

- nem submundo com ausência de solstício.

Ai... permitir-se é nascer em si mesmo

No corpo d'outro.

É a equivalência do ser universal

Intrínseco em cada outro.

Vai além de esparsas nuvens intermitentes

Num céu sem azul;

É um dossel que se estende ao mundo todo

Onde o todo, em diversos é um.

"Paira a liberdade no monte sagrado onde todos conscios vejam o brilho de tua aurora."

Celso Júnior
Enviado por Celso Júnior em 15/10/2018
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