Olhares II
Permitir-se não é sentir-se livre à esmo.
Não é morrer sozinho ao desgosto alheio;
Não é beber sozinho a água do mar...
Não é tornar-se solipsista, singular.
Liberdade não é para os livres fanáticos
Que fazem debaixo do sol um hospício!
(La ao menos, a consciência é exploradora).
- nem submundo com ausência de solstício.
Ai... permitir-se é nascer em si mesmo
No corpo d'outro.
É a equivalência do ser universal
Intrínseco em cada outro.
Vai além de esparsas nuvens intermitentes
Num céu sem azul;
É um dossel que se estende ao mundo todo
Onde o todo, em diversos é um.
"Paira a liberdade no monte sagrado onde todos conscios vejam o brilho de tua aurora."