A IRA
A raiva que me consome
A ira que me invade
O sangue fervendo, borbulhando
Ódio que me cega e me segue
Só queria o poder de explodir
Quero o poder de destruir
De me autodestruir
Só para sentir o prazer da carne rasgando
Despedaçando
A ira que me alimenta
E me consome
Suas palavras muito bem escolhidas
Mal sabe o que mata em mim
Você escolhe muito bem cada palavra
E as peças de cristal que destrói em mim
Poderão ser repostas?
Ah... eu ainda não sei como lidar
Com essa raiva que cresce em mim
Suas ofensas tem um peso
Que você não faz ideia
Mas é assim que quer lutar não é?
Não serei covarde
Não sou covarde
Eu apanho dia após dia
Mas tudo tem um limite
E o meu tá chegando
Você gosta da ofensa
Você gosta de palavra bem dita
Que mal diz e mal me faz
Usa as palavras erradas, certamente
E acerta o ponto certo que machuca
Mas a gente acumula dor
Não deveria
Mas ta acumulando
Dia após dia, palavra após palavra
Quando penso que esqueço
Sua nova palavra me lembra
E acumula uma após outra
Deixe estar
Errado sou eu
Como sempre sou
Que sou sensível demais
Sou empático demais
Errado sou eu
Mas tão logo não serei mais
Quando meu coração de pedra se tornar
Quando a indiferença vier
Quando o quebrado se perder
Então de milagre vamos precisar
Espero que haja tempo
De não chegar até o precisar