Água de primavera

Chuva que cai na primavera

Vem pra molhar e lavar

Fazer meu ser se libertar

Elevar, pra nunca se esquecer

Dos dias cinzento e seco

Daqueles momentos no eco.

E tudo passa

Foi o que sempre ouvi.

Pela atmosfera que agrega fumaça

Na esfera que gira e gira,

Trazendo valor pra cada ato

Consequências pra cada fato.

O que vem da essência

Nada pode ofuscar.

Nadar perante a maré

Sempre necessário

Pra não vir a se afundar.

E o que vem depois da tempestade

É a claridade do tempo limpo

Do céu onipresente

Presente: que é

Sentir de repente que o que cultivas

Ativas ideias não só pra si

Mas para todos ao redor.

Depois que a água fluir

Irei escutar um pio

Do pássaro que desentoca do ninho

E lembrar que para existir

Basta agradecer pela oportunidade

Que o espaço/tempo nos permite.

Eliseu Silva
Enviado por Eliseu Silva em 12/10/2018
Reeditado em 12/10/2018
Código do texto: T6474072
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