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Babelês
 
Afagar a fagulha
Pretender o pretérito
Desperdiçar a palavra na boca do verso
 
 
Retrato do inzerável débito
Que faz a embriaguez indômita
Tropeçar no outro lado do mundo
Quando até o pensamento
Já é sinal de morte
 
Quando toda palavra é posta em xeque
Sobram olhares invasivos
E o mundo todo rodopia...
E o cerebelo falha...
E a humanidade dobra a esquina...
 
Falta a régua e o compasso
Mas para quê?
Basta o caos para medir o mundo...
Já esmagaram Deus e os seus olhos
 
Acorda, poeta!
Espera a nova ordem do Sol
Até que o Homem de Neanderthal
Reapareça em alguma caverna lunar
 



Imagem: Internet