AMANHECER
A curva do monte
ondeia o olhar
à procura do sol.
No vale,
passarinhos matinais
chegam faceiros
fazendo ocupação.
Uns vêm e ficam
outros vão...
No vão das pedras
hortênsias e jasmins
são verbos florais.
Devagarzinho...
uma casa amanhece.
Abre os olhos
olha para o lado
e pisca para o lago
[espelho macio que a observa].
Sobre as águas
que tremem de frio,
patinhos nada temem
na saia da mãe.
Ensaiam estilo de crescer.
Assim o dia começa,
todos os dias.
A densa rotina
condensa retinas...
E a cor da poesia
acorda com força
a vida que pulsa
em cada amanhecer.
(Do livro: CATADOR DE INVISÍVEL - pág. 27)
A curva do monte
ondeia o olhar
à procura do sol.
No vale,
passarinhos matinais
chegam faceiros
fazendo ocupação.
Uns vêm e ficam
outros vão...
No vão das pedras
hortênsias e jasmins
são verbos florais.
Devagarzinho...
uma casa amanhece.
Abre os olhos
olha para o lado
e pisca para o lago
[espelho macio que a observa].
Sobre as águas
que tremem de frio,
patinhos nada temem
na saia da mãe.
Ensaiam estilo de crescer.
Assim o dia começa,
todos os dias.
A densa rotina
condensa retinas...
E a cor da poesia
acorda com força
a vida que pulsa
em cada amanhecer.
(Do livro: CATADOR DE INVISÍVEL - pág. 27)