NATIVISMO
Entrando minha gente em pranto, vou à morte;
mostrando minha mente em canto, sou a sorte
a protelar a morte sem pranto desta gente,
a revelar a sorte sem canto desta frente.
Desnudado viver, sem alegria, que explode
em calado saber, tem fantasia, que eclode
na ponta da caneta registradora, metida,
por conta da careta reveladora, sentida...
Sentida na verdade casual do acontecer,
mantida na bondade pontual do enaltecer
deste sofrimento... da liberação do pudor.
Só nativo com bom coração é merecido;
inativo sem dom, emoção é falecido
deste sentimento... da libertação do amor.
Camaçari, 12/10/1997.