Pelas ruas
Não me conte para quem você escreve
Nem porque escreve.
Não me faça sentir-me mais triste,
o que eu mais queria além de você,
era encontrar em suas linhas,
um pouco, de qualquer coisa sobre mim,
Não por vaidade... Mas, queria,
Mesmo que falasse dos meus erros.
Às vezes ainda escrevo para você,
que tola eu sou.
Outras vezes, escrevo só enquanto
vem o novo amanhecer.
Escrevo sobre a dor
sobre uma espera que aqui em meu peito,
você deixou.
Escrevo para as folhas, secas,
para os pássaros tristes.
Escrevo sobre um amor que nunca vivi
para um amor que não conheci,
e digo que nada além da minha dor, existe.
Um amor quando toca fundo na alma
faz transbordar pelos poros a alegria,
quem está apaixonado, até no silêncio,
percebe a mais linda melodia.
Escrevo sobre a tristeza
e um amor que me abandonou
sem sequer um dia ter vindo,
sabendo que a minha alma o desejou.
Um dia acordei perdida,
na minha estrada que era sua,
mas, que teve fim,
antes mesmo que até você eu chegasse.
Agora a música é silenciada,
a alegria se foi, e quanta
insônia me abraça em cada alvorada.
A minha poesia não é a mesma, nem eu,
agora é só a minha alma que chora
esse amor perdido, sou uma queda,
sou um abismo, esta é a minha triste sina.
Tenho uma alma desbotada, vagando um céu
que não é meu ...
...Dia, tarde e noites frias, desolados.
Fugiu-me toda a vontade de sorrir,
não esqueço, mas, tento sobreviver,
na lembrança dum amor que morreu.
Vou e volto pelas ruas, sem rumo,
dá vontade de desistir desse amor,
juro, qualquer dias desses, repito;
Vou esquecer.
Ah Se eu pudesse fazer o tempo voltar,
antes de tudo findar, enfrentaria o mundo,
tomaria em meu peito, as suas mãos
E diria do meu amor, apenas com um olhar.