SEM CALAR
Eu nem sei!
O que se passa em mim, não sei!
Um vento correndo gelado
por meu pensamento acordado;
madrugada adentro acordado.
Vigiando um mundo enlouquecido
num alto mar agitado.
O coração bumbando emudecido
frente à jarros quebrados
Meu jarro de amor endurecido
frente a cravos sangrados
O que se vê daqui agora
É o destrambelho das horas
no meu pensamento acordado.
É o destempero das falas
no meu olhar mareado
frente ao desfilar das alas
aos gritos de enredos passados.
DV
18/10
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