Retratos da minha ilha
No outono,
Eu ia visitar as flores mortas
Procurando alguma semente
Que pudesse germinar
Na primavera.
Nunca vi uma primavera!
Nunca, o sorriso da flor.
Flores envergonhadas não sorriem
Estão sempre encabuladas.
Pobre de quem nunca viu a primavera!
Moças sem flores são tristes,
Crianças sem relvas verdes e
Canto de pássaros, são caladas.
Infelizes daqueles que não cabem no amanhã!
(Os que viram, me disseram que o amanhã é lindo!)
Entre pessoas outonais eu via,
Seres humanos se deixarem tosquiar
Como ovelhas passivas,
Envernizando suas faces, dilacerando o sorriso
Que há muito já morreu.
Não havia nenhuma criatura,
Que coubesse dentro de um olhar encantado.
O encantamento havia desaparecido da terra.
Sempre era outono em minha ilha!