NAVEGAÇÃO
NAVEGAÇÃO
Os ponteiros não param
Os segundos correm
Carregando o passado
Andrajos inúteis
É primavera de flores
E espinhos
Seguem pela atmosfera amena
Seres sem sombra
Pelas ruas silenciosas
Indiferentes a resultados
Andam a esmo ensimesmados
Olhando seus umbigos
Enquanto outros deslumbrados
Por brilhos artificiais
Navegam sem rumo
Sem prumo
A procura de um norte inexistente
Enquanto isso deitam âncoras
Em portos inseguros
Olhando do cais
Para horizontes improváveis
Atiram-se então ao mar
Agitado por grandes ondas
Morrendo afogados
Em suas mágoas incessantes