Casmurro

Segundos que soam como eternidade,

não sou o mesmo de minha mocidade.

Há no meu peito uma dor acompanhando a saudade

que me custa amor, felicidade e amizade.

Não irei mais ponderar tuas palavras,

padeço como se em mim houvessem espadas,

postas por você, com agror, atravessadas

em meu coração, suas mentiras sovadas.

Conta-me tua verdade, sucinta,

rogo para que me dê uma jura distinta

de que teu amor será minha percinta.

Cigana dos olhos oblíquos, não mais minta.

Igor Pessoa
Enviado por Igor Pessoa em 08/10/2018
Reeditado em 07/04/2020
Código do texto: T6471082
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