ARTE DO POETA
É madrugada e o poeta delira
Não controla seu pensamento
Que de repente inspira.
Rabisca umas linhas
Que trazem alento
Seu pensamento sem sustento.
Recorta fatos de dias inócuos
Esquece o presente
E supera o ócio.
Observa o passo
O risco e o rabisco
Na ansiedade seu mundo intrínseco.
O poeta canta
Em seu pensamento
Seu mundo seu sonho e seu tormento
Esquece de viver
Divaga pelo universo
Inspira seu tempo tão controverso.
Perturba seus olhos
Com as palavras incertas
E sem controle seu mundo disserta
Descreve sem hora
Antes que o pensamento
Esconde ou vai embora.
Com a alma lavada
O poeta descansa
E no silêncio sua alma dança.
Sorri em segredo
Terminou seu feito
Dorme em paz em seu leito.
O pensamento outrora fugidio
Agora o poeta sonha
Com um novo desafio.