MADRUGADA
debruçado sobre teu leito,
observo-lhe o peito enquanto dormes.
confortado pelo fato de que ainda respiras,
percebo que sutilmente te viras,
para que teus sonho sejam uniformes.
à meia-noite me dizes o que não queres,
com todos os ésses e érres que habitam
as profundas camadas de teus pensamentos disformes.
às seis em ponto bocejas faceira,
eu despedaçado, tu inteira,
a me devorar com olhos enormes