DORES

Dores invisíveis. Da alma.

Ainda dores.

Valem menos que a ferida?

Quem é o “perito” pra avaliar?

Se eu botar o dedo na sua ferida, vai doer?

Suas palavras são esses dedos pra mim.

Suas atitudes são esses socos no estômago que insiste em doer dia e noite.

Como se cura uma infecção sem remédios?

Como se cura uma fratura sem o tempo?

Como se cura a depressão com a força vontade?

(Ossos de vidro

- cada tombo uma fratura)

Não me julgue, tente aceitar

Respeite meu momento

Respeite minha dor.

Aponte sim, seus dedos pra mim,

com a mão espalmada,

me ajude a levantar.

04/11/17

Lu Ciana
Enviado por Lu Ciana em 01/10/2018
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