Na solidão das palavras
Já não escrevo para o meu amado,
também não sei mais falar sobre o amor,
quando lembro que tudo o que nos unia,
num laço inexistente,
acentuou esse nada que invadiu o meu coração,
sei, tudo estava tão somente em mim...
A minha estrada foi estreitando-se, depois,
e para respirar, vez por outra,
eu preciso voar no vazio dum infinito sem cor.
É quando volto à escrever recriando cores,
tristemente me perco nas minhas próprias linhas,
na solidão das palavras que não são lidas,
nem ouvidas, não por ele, antes,
elas se perdem no tempo...
Concluo por fim, não sei mais escrever,
mas, não sei porque, quando tento,
mesmo com a minha alma sorrindo comovida
e sem graça, eu só escrevo para você.