QUE NOITE

Mal dormi acordei sorumbático:

Meio bambo

Parecendo

Uma correia

Entre duas polias

Inertes, quebradas.

O suor descia

Era muito calor

Que fazia.

E como solução

De nada adiantava

Nem ar, nem ventilador

Que abrandasse

O imenso calor

Naquela noite

De agonia.

Sonhar!

Nem sonhar

Não tinha porque sonhar!

Os olhos estáticos

Nas pálpebras

Tesantes

Aberto a todo instante

Para o teto

No turvo

Registrava.

A penumbra noturna

Num alento sútil

Vagamente

Colidiu

Nas pardes

Do quarto

Mas o silêncio

Que fazia

Bem retino

Se comprazia

Naquela noite

Atribulada

Que pela madrugada

De repente

Se aproximava..

Enquanto na cama

reservada

Meu corpo

Se virava

Em busca

De uma cômoda

Posição:

Para acabar aquela aflição

Que era a esperança de dormir

Enquanto as horas

Se passavam

Mas a vontade

Que me tomava

Organicamente

Arrefecia e

Simplesmente

Dizia não, não.

José Antonio S. da Cruz

Salvador-Bahia 30/09/18

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Enviado por JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ em 30/09/2018
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