ANDRAJOS
ANDRAJOS
As flores amarelas
Cobrem boa parte do corpo do homem
Que dorme no banco da praça
Seu feiume criado pelo longo tempo
Do infortúnio e da desumanidade
Apaga a beleza natural
Das pequenas flores ouro
Que forram outros espaços da praça
A majestosa sibipiruna verde-amarela
Indiferente ao quadro
Continua flutuando flores pelos ares
Enquanto praguejam indiferentes
Os ele sim ele não
Amarelecidos pela velha velhacaria
Dos gritos de falsa revolta
Com tudo que os cerca
Andrajos de cidadania
De hipocrisia multicor