ANDRAJOS

ANDRAJOS

As flores amarelas

Cobrem boa parte do corpo do homem

Que dorme no banco da praça

Seu feiume criado pelo longo tempo

Do infortúnio e da desumanidade

Apaga a beleza natural

Das pequenas flores ouro

Que forram outros espaços da praça

A majestosa sibipiruna verde-amarela

Indiferente ao quadro

Continua flutuando flores pelos ares

Enquanto praguejam indiferentes

Os ele sim ele não

Amarelecidos pela velha velhacaria

Dos gritos de falsa revolta

Com tudo que os cerca

Andrajos de cidadania

De hipocrisia multicor

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 30/09/2018
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