Vida audível
A vida é um eco, assobio
No abismo.
É vento justo que varre
Tudo a seu lugar devido
Enquanto os meus dedos gotejam.
É chuva repentina e necessária
Que faz germinar em momento oportuno
Enquanto os vitrais lacrimejam sem rumo
E sussurra
Vejam
Enquanto os meus dedos gotejam.
Vejam
Ela pune
E ressarce um coração rasgado, desprovido
Com uma lembrança cortante,
Um desejo constante, no coração e na pele
Do algoz com um eterno castigo.