Volta meu sonho!

Silenciaste tua pena,

E condenaste meus sonhos,

A alcova da solidão.

A fluência dos teus versos,

Impregnados de paixão,

Alegravam meus tristes dias,

Emprestava cores,

A meu solitário coração.

Hoje, passo as tardes infindas,

Amargando as lembranças,

De nossas andanças,

Nas estradas, tantas, da esperança.

Silênciosas promessas de emoções,

Quando dançávamos, em rodas de encantos,

Nossas cirandas de letras,

Vividas à sóis, nós, cheios de ardor,

Carinhos,afagos, ternos gestos de amor!

Meu querido poeta,

Me desperta desse pesadelo,

Em que mergulhou minha alma.

Volta a me versar bonito,

Me faz renascer o sorriso.

Resgata enfim, meu sonho.

Mergulhado em triste abandono.

Me lança teus beijos no tempo, no vento...

E acaricia minha face,

Banhada pelas lágrimas,

Que teu silêncio provoca,

Volta!

Observadora
Enviado por Observadora em 28/10/2005
Reeditado em 01/11/2005
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