Covardias!

Nada se parece, são covas rasas,

Espelhos quebrados, vasos lacerados,

Fagulhas precipitadas formam o engodo,

Água limpa, ora suja, sanguinolência,

Trocas de verdades por duvidosas idéias,

Rastros de desculpas tão esfarrapadas,

Foge ultimando uma distância absurda,

Aparições de margens nebulosas, desvios,

Fechar o sinal, os sinais, mal sinalizando,

Intuir que o amanhã encubra outra trilha suja,

Sobras para mãos ásperas, tremedeiras,

Colheu mais um tanto de fel para distribuir,

Cortes aprofundados perto da lágrima,

Corrigir, corrigindo, tropeçando nos erros,

Mais engodos para controlar os sentidos,

Nada vale tudo o que já foi feito,

Desfeito feito meada com a água que bate...

Bateu no nada, a cara em covas fundas,

Quebrando silêncios, pernas fechadas,

Chorou engodo por tempo demais em asco,

Todo mês que o sangue mal correu demais,

Mentiras duvidosas escondem o tesão,

Vestígios vestidos tiram o olhar do rumo,

Aparições para atos perdulários intrínsecos,

Mesmo a proximidade foge do toque íntimo,

Nada adiantam gestos, gesticula pose alheia,

Sorriso amarelo aberto na hora invertida,

Possíveis prazeres perdidos todo esse tempo,

Recolheu sob vestes, escondendo a ardência,

Mais que lágrima, quanta espera inútil,

Esconder, escondido, caindo numa vala escura,

Novos engodos para fugir de um toque de pele,

Da valia que ainda terá no que pode ser feito,

Suspeito indeterminado por água abaixo...

Cavou em terreno pedregoso, era descaída,

Da base que os gritos mal foram ouvidos,

Lamentou quando a fila começou a andar,

Sangria que mal tirou da moeda achada,

Mal disse palavra, com a vez passando,

Fez da espera um átrio, uma falha, mero enredo!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 10/09/2007
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