O eu e o tu em mim
Estou sentada vendo o planeta girar,
Pensando, onde devo me encaixar?
A direita uma sociedade global chamada alienação,
A esquerda um mundo de conhecimento e revolta, cujo nome, solidão.
Fico a pensar,
Quem es tu? Quem somos?
Onde o meu eu se encaixa?
De fato, alieno-me com suas menções de verdades adquiridas;
E se tu eres chego ao ponto de não diferenciar certezas e incertezas,
Então, eu vos sou, com certeza, da direita,
Ao mesmo tempo que tu eres um zumbi racional;
Ó racionalidade circunstancial, adquirida, imposta sem vestígios;
Um tu e um eu que permeiam a mim mesmo,
O eu que é indignação com a violência que virou tradição,
E o tu que aponta para mim as armas da cegueira, diante das minhas próprias ações,
Quem sou, se em meu caminho busco utopia, e em meio a ele viro utopia.
Eu busco verdades e no caminho viro a verdade,
Aos poucos sou certeza e descubro a frente que sempre fui incerteza;
Ó solidão que afligi-me, com suas cognitivas insípidas;
Silêncio monótono, que afasta-me da desejável direita;
Direita caótica, barulhenta e social;
Sou assim um burro inseguro em esquerda,
Feliz burro que sempre volta a esquerda, com o desejo da ação solitária;
Ação critica, certa, minha, minha, minha, minha, minha, minha ação.