O eu e o tu em mim

Estou sentada vendo o planeta girar,

Pensando, onde devo me encaixar?

A direita uma sociedade global chamada alienação,

A esquerda um mundo de conhecimento e revolta, cujo nome, solidão.

Fico a pensar,

Quem es tu? Quem somos?

Onde o meu eu se encaixa?

De fato, alieno-me com suas menções de verdades adquiridas;

E se tu eres chego ao ponto de não diferenciar certezas e incertezas,

Então, eu vos sou, com certeza, da direita,

Ao mesmo tempo que tu eres um zumbi racional;

Ó racionalidade circunstancial, adquirida, imposta sem vestígios;

Um tu e um eu que permeiam a mim mesmo,

O eu que é indignação com a violência que virou tradição,

E o tu que aponta para mim as armas da cegueira, diante das minhas próprias ações,

Quem sou, se em meu caminho busco utopia, e em meio a ele viro utopia.

Eu busco verdades e no caminho viro a verdade,

Aos poucos sou certeza e descubro a frente que sempre fui incerteza;

Ó solidão que afligi-me, com suas cognitivas insípidas;

Silêncio monótono, que afasta-me da desejável direita;

Direita caótica, barulhenta e social;

Sou assim um burro inseguro em esquerda,

Feliz burro que sempre volta a esquerda, com o desejo da ação solitária;

Ação critica, certa, minha, minha, minha, minha, minha, minha ação.

J G Andrade
Enviado por J G Andrade em 25/09/2018
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