JAMAIS

Que passe o tempo,

que passem as dores,

que os olhares perdidos

não encontrem-se mais.

Que nossas mãos

distancien-se

como afasta-se

o barco do cais.

Que eu me perca,

por aí, no tempo

que não volta mais.

Saibas que continuo

a captar os teus sinais.

Que tudo isso aconteça,

mesmo que eu mereça,

fiques sabendo

que dessa cabeça

não sairás jamais.

José Nilton Teixeira
Enviado por José Nilton Teixeira em 28/10/2005
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