O SAL DA SOCIEDADE
Do cangaço na cidade civilizada,
o bagaço da maldade mediocrizada,
a podridão que nos carrega o ser urbano,
qual esporão que nos esfrega o ser mundano.
Na proximidade do forte que vai chegar,
uma atrocidade de porte que vai pegar
diariamente no homem de nobre bondade,
simplesmente no vai–e–vem da pobre crueldade.
Falso sal que mata, que desmancha, que corrói;
salso mal que pauta, que é mancha, que destrói
e muito fere a pele na pouca mordida.
Na luta que acontece no canal da morte
há puta que apodrece no banal da sorte
e muito fede a pele da louca bandida.
Salvador, 30/01/2018.