Sina Poética
O poeta caminha
entre a pedra e o pássaro,
no seu passo lento e lunático,
transformando rotinas em versos.
O poeta caminha
entre a pedra e o relógio,
muito além do tempo sem tempo,
respirando sanidade perante incautos.
O poeta caminha
entre a pedra e a flor,
aquém da malícia, além da saudade,
escrevendo em folhas de metafísicas aladas.
O poeta caminha
entra a pedra e o sonho,
Um Centauro perdido no mundo prático,
que faz poemas absolutos para seres ainda relativos...