DE PATA QUEBRADA

De tão travesso

Voltou do avesso

Não passeou no parque

Na companhia do maior

Resistir ficar quieto

Quem dera fosse possível

Correr atrás de uma bola

Parece mais plausível

Deveras ter gritado

Deveras ter pulado

E agora, por que choras?

Voltou de pata quebrada

Olhos baixos, pede atenção

Uma única preocupação

Ficar quieto, não sei não

Não há dor

Não há gesso

Que segure esse travesso

Ainda que se quebre a pata

Não haverá amarras

Que proíba as travessuras

Que se passa no coração.

Paulo Roberto Fernandes
Enviado por Paulo Roberto Fernandes em 23/09/2018
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