ESPERANDO O CAOS
Deixo meu telefone
e o código de barras,
as chaves das algemas,
e não levo a mordaça,
vai que um dia eu faça
só por rebeldia
uma revolução.
Coisa mais sem graça,
não acho coeso
ter que viver preso
à tua agonia,
é andar pisando
em campo minado
como fosse o mundo
apenas um quadrado,
sempre confinado
no teu egoísmo,
na beira do abismo
esperando o caos.
Saulo Campos - Belo Horizonte