INÉRCIA

Que nos valham o canto e a poesia,

pois a ordem e o progresso já não têm valia.

Ante ao poder, a indiferença e a ganância,

os sonhos aos poucos se tornam utopia.

O poder perpetua, sem freio, imponente,

tornando ilusão a ilusão da gente.

Já não importa ser, o ter vale mais:

diante de tantos interesses escusos,

tão impotentes contra os chacais,

intolerantes engolimos os abusos.

Inertes, sozinhos, cansados e confusos

regurgitamos nossos ideais.

Saulo campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 22/09/2018
Código do texto: T6456301
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